PEQUENA HISTORIA DE PRESIDENTE JUSCELINO

A história de Presidente Juscelino, confunde-se com a história de seu maior patrimônio, o Rio Paraúna. Na língua tupi-guarani: “PARA” que significa RIO e “UNA “que significa PRE-TO.
A cidade teve como berço natal um vale de pequena exten-são, situado entre o Morro do Coroado e o Rio Paraúna.O pa-norama agradável e a riqueza mineral chamaram a atenção de mineradores que ali se instalaram para a pesquisa e exploração do cristal. Em virtude do grande movimento de tropeiros entre Dimantina, Santo Antônio da Estrada (hoje Curvelo, ao qual pertencia) e Belo Horizonte, que à beira do Rio Paraúna descarregavam suas tropas para descanso foi-se formando o “Arraial dos Ranchos”. Segundo os moradores mais antigos o arraial dos ranchos de capim constituía a beleza daquelas paisagens.
Em 1866, o Arraial dos Ranchos transformou-se em distrito, recebendo o nome de São Sebastião do Paraúna, em homena-gem à São Sebastião, o padroeiro e Paraúna devido ao Rio. Este nome foi simplificado para Paraúna em 1923.
Junto com a mineração, começou a desenvolver a agricultura, onde se destacaram a lavoura de mandioca para a produção de farinha, principal alimento da época,bem como o plantio de milho, arroz e feijão.
A mão de obra utilizada era a escrava e uma das primeiras fazendas a serem construídas, foi a do “Brejo” no local que hoje possui o mesmo nome.
Foi iniciado o cultivo de cana de açúcar e a fabricação de ra-padura e aguardente.
O primeiro impulso de desenvolvimento apresentado pelo então Distrito, foi a construção da primeira ponte sobre o Rio Paraúna, ligando o Distrito ao município de Gouveia. Com a construção da ponte, no tempo dos escravos, pelo coronel Domingos Diniz, torna-se distrito, com o nome de Ponte do Paraúna.
Este foi um dos marcos de desenvolvimento, pois a partir daí, Paraúna passou a ser o elo de ligação rodoviária entre Dia-mantina (Vale Jequitinhonha) e a capital do estado, Belo Hori-zonte.
Em 1950, Ponte de Paraúna passou a gozar do privilégio da energia elétrica, já que a 6 km, rio acima, existia uma cachoeira natural, onde foi construída a usina Hidrelétrica Ulha Branca, que passou a fornecer energia para o Distrito, além de Diamantina e outras cidades vizinhas. Esta usina foi encampada pela CEMIG, e continua fornecendo energia elétrica para região.
O município com todo o seu contexto histórico cultural, possui ainda expressivo potencial com grutas e cavernas com inscri-ções rupestres e o próprio Rio Paraúna. Hoje, faz parte do roteiro turístico mineiro o seu famoso “Forró de Presidente Juscelino”.
São Sebastião de Paraúna foi elevada à categoria de município com a denominação de Presidente Juscelino, em homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, pela lei estadual nº 2.764 de 30/12/1962, desmembrado de Curvelo.
Com a emancipação do município foi nomeado como Inten-dente o Sr. Francisco Perdigão, que governou no período de 01/03/63 a 30/08/63, quando foi empossado o primeiro pre-feito eleito do município, o Sr. José Iris de Castro.